Será que era carbureto?

Estava vendo o jornal, aqui na net, quando me deparei com esta matéria e chamei a minha esposa para compartilhar. E assim, iniciamos uma pequena conversa:

– Amor, eu suponho que o que foi jogado na fossa foi carbureto.

– Mas por que você acha isso?

– Há ditados populares que recomendam jogar carbureto para tirar o cheiro da fossa.

– E isto dá certo?

– Para tirar o cheiro por alguns dias, sim, mas é uma medida completamente paliativa.

– Por que paliativa?

– Paliativa, por que o que dá cheiro à fossa é o material orgânico presente, vulgo “cocô”. E o carbureto não vai destruir o material orgânico. Em breve o “cheiro de fedor” vai voltar. eheheh

– Mas, o que fazer então?

– O mais simples seria retirar este material orgânico da fossa e descartá-lo em local apropriado. Há desentupidoras especializadas nisso, mas o preço é um pouco salgado para a população mais carente, ficando impraticável para eles.

– Então o que a população mais carente deve fazer?

– As mesmas coisas que as desentupidoras fariam, ou seja, retirar o material orgânico e descartá-lo em local apropriado ou enterrar. O problema é que este método pode ser um pouco desagradável, pois o material deverá ser retirado com um balde e com a força dos braços.

– Mas o que ocorreu neste caso?

– Na fossa há a presença de, no mínimo, dois gases. Um deles é o metano.

– O metano não é aquele das flatulências?

– Esse mesmo, amor! Por isso ele é encontrado na fossa. O metano também é conhecido como gás do brejo ou gás dos pântanos e tem formula CH4. E, por incrível que pareça, ele é o nosso GNV – o gás com que algumas pessoas abastecem o carro. Incrível né?

– É incrível. Mas voltando ao assunto da fossa…

– Então voltando à fossa… O outro gás é, na verdade, uma classe de gases, à base de enxofre, como o ácido sulfuroso (H2S) e as mercaptanas, que são inúmeras. São estes gases que dão o cheiro de fedor. [risos]

– E o bacana é que as mercaptanas, na sua grande maioria, são extremamente fedidas. Por isso elas são adicionadas ao gás de cozinha. Para dar cheiro de fedor e assim possamos identificar um possível vazamento do gás. Legal né?

– Ei, mas por que a fossa explodiu?

– A fossa está fechada e com uma grande quantidade de metano que pega fogo. Aí o pessoal joga carbureto que em contato com água produz gás acetileno, hidróxido de cálcio e uma grande quantidade de calor que os químicos chamam de reação exotérmica (exo= externo; térmica=calor).

– O gás acetileno é o gás utilizado nos maçaricos. Então, dá pra imaginar o que ocorre?

– Nossa, dois gases extremamente inflamáveis e sob determinada pressão. Temos uma bomba!

– Exatamente. E o outro produto produzido pelo carbureto, o hidróxido de cálcio – que é uma base forte, conhecida pelo pessoal como CAL HIDRATADA – pode provocar queimadura química.

– Nossa então além de queimar com calor queima quimicamente?

– Sim, e como….

– Nossa, mômô, como você sabe tudo isso??? Bem que você podia mandar para a RPC e para os bombeiros, pois eles não souberam dizer porque a explosão ocorreu.

Drogas e suas funções químicas

PENSANDO A RELAÇÃO HOMEM-NATUREZA A PARTIR DO MONTANHISMO – Um estudo de caso no Morro Anhangava – PR

O cartesianismo transformou radicalmente a relação do homem com a natureza e do homem com a sociedade. Como conseqüência do desenvolvimento da técnica, o homem afastou-se da natureza, tomando-a como um objeto a ser dominado. Mas o homem retorna à natureza, aqui no caso às montanhas, visando resgatar um prazer “perdido”; entretanto, acaba desenvolvendo ainda uma relação de domínio na figura do “desempenho”. Sendo que, através disso, acaba se alienando do que faz e do que é. Veremos neste trabalho, de que forma estas questões se refletem na história da relação do homem com as montanhas em geral e especificamente com o Morro Anhangava situado na região metropolitana de Curitiba-Pr.

 

Palavras chave: Montanhismo. Alpinismo. Marcuse. Mecanicismo.

 

Para saber mais:

Leia o ARTIGO:  DESEMPENHO E MONTANHISMO

ou

clique aqui para baixar a monografia completa

Combate a incêndios Florestais

Companheiros de Fumaça.

Segue apresentação bem didática sobre as situações de risco.

A pedidos do Gava

1. Apostila de combate a incendios florestais

2. Combate a incendios florestais

3. Situação de risco

Da reação de saponificação à redenção.

[continuação da “Reação de saponificação a reação de engolir sapos’]

Chegando em casa, fui pesquisar. Depois de muitas pesquisas, achei uma frase que me chamou muito a atenção: “as cinzas são ricas em alguns óxidos metálicos, tais como óxido magnésio, óxido de cálcio, dentre outros”.

Bingo!!!

Por isso é possível fazer sabão com cinzas. Devido às cinzas serem ricas em óxidos metálicos. Estes óxidos têm características ALCALINAS e quando entram em contato com água formam álcalis (bases) tal como a SODA CÁUSTICA. É claro!!! Por isso que a minha vó comentou que para fazer sabão ela usava uma GRANDE QUANTIDADE de cinzas. As cinzas são uma mistura rica em óxidos, mas como não é um único óxido e sim uma mistura de substâncias, ela vai precisar de muitas cinzas para ter uma concentração próxima à da soda comprada. Dãããã – Como eu não pude pensar nisso antes?!?!?

Com essa descoberta, me bateu um remorso. E lá fui eu para a casa da minha vó para me desculpar.

Chegando, bato palmas e logo ela sai caminhando suavemente através da garagem. O sol realça as marcas do tempo em seu rosto e ao me olhar ela abre aquele sorriso lindo que só a minha vó sabe dar. Ela se aproxima e me afaga com um abraço carinhoso de mãe2. E, carinhosamente me convida a entrar e a tomar um chá com ela.

Ela corre para frente do fogão para esquentar a água – feliz da vida. Para ela, era indiferente eu me desculpar ou não, pois o importante era a minha visita.

Eu tentei não fugir do real motivo que estava ali. Relutei, e com uma vergonha imensa, comecei a me desculpar:

– Sabe vó, aquela ultima vez que vim aqui… Eu cheguei aqui um tanto petulante, sabe? Com o REI NA BARRIGA. Então, eu queria…

Suavemente a minha vó se vira e pergunta:

– Mas e daí? Você viu o porquê de a gente fazer sabão com cinzas?

Eu, com uma cara de espanto, olho para a minha vó e pergunto:

– Como assim, vó?

E ela: – Ué, você não veio me explicar o porquê da gente fazer sabão com cinzas?

Sem jeito, comecei a me perder nas palavras.

– É, também, vó…sabe…não…é que eu estava com o rei, sabia tudo, errei, eu queria…

E ela, dando gargalhadas do meu jeito, me interrompe.

– Chiii, meu netinho querido, cheirou cola?!?!?!

– Claro que não, né, vó!!!

– Então, esquece o que não é importante e me explica de uma vez o porquê da gente fazer sabão com cinzas?

Ainda assustado, comecei a explicar.

– Vó, a gente usa as cinzas porque elas têm ingredientes parecidos com os da soda, só que em menor quantidade. Por isso a vó usa uma grande quantidade de cinzas.

– Mas que ingrediente é esse? E como vocês que estudam chamam estes ingredientes?

– Estes ingredientes são chamados, na química, de óxidos. A partir do óxido de sódio a gente pode obter o hidróxido de sódio que a vó conhece como SODA.

– Então quer dizer que a soda cáustica que eu compro no seu Alfredo é feita a partir do óxido que pode ser encontrado nas cinzas?

– Não, vó. Industrialmente, a soda é feita a partir do sal de cozinha. Através de uma reação que na química a gente chama de eletrólise – reação que precisa de eletricidade para ocorrer.

– Chiii. Agora eu não entendi nada. A soda não é feita das mesmas coisas que as cinzas? Nas cinzas não tem soda?

– Vó, nas cinzas há muitos compostos. E uma grande parte deles podem resultar, quando em contato com a água, em compostos parecidos com a soda. Mas, não é a soda.

– Vamos ver se eu entendi. Quer dizer que a Soda que eu compro no seu Alfredo é feita do sal de cozinha com a ajuda da corrente elétrica. E que nas cinzas tem compostos que precisam de água para produzir um composto parecido com a soda, mas que não é a soda. Em alguns casos, dependendo da composição das cinzas, somente uma pequenina parte, mas muito pequena, destas cinzas é que pode produzir a soda. Devido a tudo isso que eu preciso de muitas cinzas para fazer o sabão. Estou correta?

– Isso mesmo, Vó.

– Nossa filho, como eu gostaria de ter aprendido tudo isso antes. Mas sabe, na minha época a gente não tinha muita escolha, ou a gente estudava e morria de fome ou trabalhava e ficava sem estudar. Ainda bem que os tempos mudaram e você teve a oportunidade de estudar e agora eu tenho um neto que pode me explicar tudo o que eu antes não aprendi.

E eu com um sentimento misturado com remorso e felicidade, desabafei:

– É vó, hoje eu aprendi uma grande lição.

– E que lição foi?

– Que a teoria é muito importante para entendermos o mundo, mas que ela sem a prática não é grande coisa. E as muitas pessoas que estudam e acham que sabem tudo vão acabar por engolir muito sapo, como eu.

A minha vó não falou nada.

Aproveitei o silêncio e me despedi com o mesmo carinho com que fui recebido. E fui embora. Agora sem sapo entalado. Mas com uma queimação horrível provocada pelo nervosismo da situação – vergonha é uma desgraça. Ao chegar em casa, perguntei pra minha mãe:

– Mãe, o que é bom pra queimação?

– Dissolve brasa na água que é bom! É um santo remédio para queimação.

– Como assim dissolve água na brasa? Com quem você aprendeu essa coisa ridícula, mãe?

– Com a sua vó…

Eu ri, e escutei ao longe o coaxar dos sapos, só que desta vez, eles não vão entrar pela minha boca.

Mas afinal, ainda sobra uma pergunta: Por que a brasa dissolvida em água é um santo remédio para a queimação?

Reação de saponificação: a reação de engolir sapo.

Fonte da figura: http://chutandobalde.wordpress.com/2008/03/10/engolindo-sapos

A primeira vez que efetuei uma reação de saponificação foi no laboratório do colégio. Lá pela década de 90, creio eu.

Lembro da emoção que vivi quando cheguei no laboratório. Dirigi-me para a minha bancada, tirei da bolsa a minha marcha analítica e fui para a prática. Separei vidrarias, reagentes e todo o material que utilizaria – que emoção. Eu estava todo extasiado, também não era pra menos, depois de tantas reações sem aplicação no meu dia-a-dia, agora eu teria uma reação a qual poderia contar para o mundo, e principalmente, compartilhar com a minha família.

Mãos à obra. Misturei aqueci, esfriei, mexi, etc, etc, etc.  Após algum tempo, lá estava eu com o tão desejado produto. Mas, ao olhá-lo depois de pronto, fiquei um tanto decepcionado. Também pudera, estava ansioso para levar para casa uma ‘barra de sabão’ como as que eu comprava no mercado e não um ‘grão de sabão’ como eu acabara de produzir.  Infelizmente, não pude levar o produto para “mostrar para o mundo”. Tive apenas que ficar com a história pra contar.

E eu me recordo de contar para todos da minha família. O mais interessante foi compartilhar esta descoberta científica com minha vó materna. Ela, uma pessoa humilde, com a quarta série do primário incompleta, do sítio e sem conhecimentos científicos como os meus –  que pretensão a minha.

Cheguei e lá fui eu: Olá Vó, sabe… agora eu sei fazer sabão.  Escutou vó, S-A-B-Ã-O. Uma coisa útil e que auxilia a todas as pessoas do mundo, todos os dias.

E ela: – Eu sei e daí?

– Como assim vó, e daí? Que falta de sensibilidade. Bom, mesmo assim vou explicar pra senhora como fazer o sabão. Para que a senhora possa ter acesso a este maravilhoso ensinamento que a ciência me proporcionou.

E comecei a explicar. E ela com o seu jeito de vó, toda atenciosa, prestando atenção a palavra por palavra da minha explicação.

– Então vó, para fazer o sabão nós utilizamos alguns reagentes.

E minha vó: Reagentes? Mas o que são reagentes?

–  Reagente, vó, é o nome técnico para ingrediente, neste caso os que utilizei para fazer o sabão, entendeu?

E ela na sua paciência de vó, balançou a cabeça afirmativamente.

Continuei a explicar:

– Os reagentes que eu utilizei foram o éster de ácido graxo e um hidróxido, de preferência o hidróxido de sódio de fórmula NaOH, ok vó?

– N-a-O-H? Ácido? Graxa? E o que a Ester tem a ver com essa historia de fazer sabão?  – indagou minha vó. Eu faço sabão com banha de porco e soda! E quando não tenho soda, uso cinza de fogueira!

– Como assim vó? Você já fez sabão? Mas não tem como usar cinzas de fogueira para fazer sabão… ACHO que a senhora esta enganada.

Ela, sem afirmar ou negar,  vai até um armário e pega duas enormes barras de sabão – uma feita com soda e a outra com cinzas e me dá as duas de presente.

Eu,  de cima do meu pedestal científico-intelectual, despenquei de cara no chão. Escondi rapidamente meu singelo ‘ grão de sabão’, presente que iria dar a ela para demonstrar minha sapiência…

Aceitei o presente e saí com “o rabo entre as pernas” e um sapo entalado na garganta. Pensei que fosse ensinar e no final das contas saí da casa da minha vó com uma grande dúvida –  por que será que dá para fazer sabão com cinzas?

[CONTINUA]

Filtro Solar

O vídeo fala por si.

Legendado:

Se eu pudesse dar um conselho em relação ao futuro eu diria :”use filtro solar”!
Os benefícios a longo prazo do uso do filtro solar foram cientificamente provados! Os demais conselhos que dou baseiam se únicamente em minha própria experiência…

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Resumo de Isomeria e Propriedades Físicas

Nova atualizaçao Escola de Ser!

VEJA NO PORTAL “ESCOLA DE SER“:

TEMA: O mundo na/da da mídia e suas ideologias…

A tragédia virou novela

POR ALBERTO DINES -editorial do Observatório da Imprensa

A tragédia da menina Isabella Nardoni converteu-se numa telenovela policial. Com a ajuda dos poderosos holofotes da mídia estamos transformando o país num imenso fórum de Sherlocks Holmes.

A violência contra uma criança de cinco anos vem sendo gradualmente esquecida, Isabella já não horroriza nem comove. Aparentemente esganada e em seguida jogada do sexto andar, Isabella tornou-se secundária. A vítima está importando menos do que o seu ou seus assassinos.

Ao contrário do que ocorreu há pouco mais de um ano, quando o menino João Hélio foi despedaçado pelas ruas do Rio, Isabella passou a ser mero pretexto para despertar o espírito detetivesco, tanto dos mediadores como dos mediados.

Uma das funções da mídia, entre outras, é fazer pensar. Mas, neste caso, ninguém quer pensar – prefere-se acusar, julgar e encerrar o assunto. Mas o interesse da sociedade é fazer justiça. Fazer justiça é uma das maneiras de encerrar este ciclo de crueldade pelo qual pouca gente está realmente se importando.

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“Caso Isabela” – uma reflexão

“Caso Isabela” – uma reflexão

O Brasil e eu ficamos chocados com o “caso Isabela”. E com total razão. Como um pai, ou seja lá quem for, pode assassinar uma criança com tal brutalidade?  Questionei o porquê da enorme divulgação dada a este caso pelos órgãos de imprensa. Crimes como este nunca ocorreram? Nenhuma criança nunca foi assassinada? Por que tanta divulgação?!?!?

Será que a classe social a que pertencem os supostos criminosos, tem a ver com esta enorme divulgação? A classe média, os “ricos”, as elites, são por acaso intocáveis e perfeitos? Não sei a resposta, mas deixo aqui estas duas matérias que encontrei no jornal , para questionamento e reflexão. Qual foi a atenção dada a estas histórias pela mídia?

07/05/2008 – 12h22

Mãe diz ter afogado filho de 3 anos em caixa d’água em Cuiabá (MT)

da Folha Online

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u399448.shtml

Uma mulher de 27 anos afirmou ontem (6) em depoimento à polícia ter matado o filho de 3 anos afogado na caixa d’água de casa, em Cuiabá (MT). O corpo do garoto tinha sido encontrado por volta das 10h de ontem, por uma tia. Quando retornou para casa, no fim da tarde, a mãe foi presa e confessou o crime, de acordo com a Polícia Civil.

O crime teria ocorrido por volta das 20h de segunda-feira (5). Depois de tentar matar o filho e a si mesma ateando fogo ao corpo e abrindo a válvula do botijão de gás, a mulher, segundo o depoimento, foi à caixa d’água –de 1.000 litros– e afogou o menino, segurando-o pelos ombros. Ela diz que tentou se matar em seguida, mas não conseguiu ficar submersa.

No depoimento, a mulher teria afirmado que cometeu o crime sob comando de vozes que ela ouvia. Conforme a Polícia Civil, a mulher passa por tratamentos de saúde mental, e a médica dela, que foi à delegacia, pediu sua internação.

O pai da criança ainda não foi localizado

 

Bebê de 39 dias morre agredido pelo pai, em Londrina

O crime aconteceu na manhã de domingo em um assentamento na zona norte; à tarde, revoltados, vizinhos queimaram o barraco da família

05/05/2008 | 09:35 | Glória Galembeck – Jornal de Londrina http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=762941&tit=Bebe-de-39-dias-morre-agredido-pelo-pai-em-Londrina

Uma menina de 39 dias de vida foi morta, no domingo (4) pela manhã, depois de ser agredida com tapas e socos pelo próprio pai, em Londrina, Norte do Paraná. Edson da Silva Bernardo, de 25 anos, confessou ao delegado Lanevilton Thodoro Moreira, da Polícia Civil, ser o agressor. Ele foi preso em flagrante por homicídio qualificado e deve ser mantido em cela separada para garantir sua segurança. Segundo informações da assessoria de imprensa do Hospital Infantil, onde o bebê Jussara da Silva Bernardo foi atendido, a criança sofreu fratura nos dois fêmures, trauma de crânio e luxação em um dos ombros.

O caso aconteceu em uma moradia de madeira, no assentamento Nossa Senhora Aparecida (zona norte). Segundo informações prestadas pela Polícia Civil, por volta das 5h30, a criança começou a chorar sem que o pai conseguisse fazê-la parar. Ele teria desferido tapas e socos contra o bebê. A mãe, Andréa Michele da Silva, de 24 anos, acordou e, ao ver a filha ferida, decidiu pedir ajuda. Eles foram até a casa de um vizinho, que chamou a ambulância do Samu.

A criança deu entrada no hospital por volta das 8h30 com quadro de parada cardíaca e foi encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Meia hora depois, morreu. Segundo a assessoria de imprensa, a equipe médica foi informada de que a criança teria aspirado leite e estaria engasgada. Ao verificar as fraturas e o traumatismo, porém, o Hospital Infantil comunicou o caso ao Conselho Tutelar. O procedimento é adotado nos casos em que a família relata uma situação que não corresponde ao estado clínico do paciente, independentemente de haver óbito ou não. Dada a gravidade do caso, a polícia também foi informada. Edson foi preso no hospital.

Segundo Moreira, o pai da criança relatou que faz uso de medicação controlada e aparentava estar confuso. “A mim ele confessou informalmente a agressão, mas afirma não se lembrar exatamente de como tudo aconteceu”, disse o delegado. A polícia vai solicitar que o pai passe por avaliação de sanidade mental. A mãe foi encaminhada para uma unidade que abriga vítimas de violência doméstica. Ouvida pelo delegado, ela nega que tenha sido agredida pelo marido